quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Profilaxia dental- Prevenção







De um tempo pra cá comecei a perceber que a principal motivação para os pacientes procurarem os dentistas resumia-se às emergências, dentes quebrados, trauma ou dor.
Ao avaliar estes pacientes, observei que muitas vezes eles não tinham tratamentos complexos para fazer, embora o acúmulo de placa e de tártaro, resultados de má higiene, eram freqüentemente perceptíveis. Apesar dos pacientes relatarem que tinham boa higienização, na pratica esse fato não era verdadeiro. O parâmetro de avaliação deles estava errado por causa da desinformação. Muitos pacientes sequer foram orientados durante visitas previas ao dentista. Outros fatores que me chamaram atenção eram retrações gengivais que a maioria dos pacientes apresentavam, resultado de uma escovação traumática e inadequada. A forca empregada para escovar os dentes sendo excessiva causa a perda do tecido gengival que recobre as raízes dos dentes (recessão gengival). A orientação sobre a higiene oral tem como objetivo controlar possíveis acúmulos de bactérias (biofilme bacteriano) sobre as superfícies dos dentes e das gengivas, sem que isso cause danos estruturais a esses órgãos e tecidos. Para manter uma boca limpa é necessário uma boa técnica de escovação com uma escova adequada (geralmente de cabeça pequena, cerdas macias, o maior número de cerdas possíveis, e com uma tecnologia adequada de acabamento das pontas das cerdas), dentifrícios (creme dental), fio ou fitas dentais com os quais o paciente se adaptar melhor. Na hora de escolher a escova é importante avaliar: o material das cerdas, que devem ser macias, o comprimento, o diâmetro, o numero total de fibras, tamanho da cabeça em relação ao cabo e a forma do cabo.
Atualmente reavaliamos o período de visitas periódicas ao dentista. Para os indivíduos saudáveis dos pontos de vista médico e odontológico, as visitas podem ser realizadas a cada 6 meses. Entretanto, para aqueles pacientes que fumam, ou que possuem baixa imunidade, deficiência motora e outras condições que possam comprometer a saúde dos dentes e gengivas, as visitas devem ter o limite máximo de 4 meses.
As crianças e adolescentes, pela dificuldade de realizar uma higiene adequada, devem fazer visitas bimestrais ao dentista.



Dra. Vanessa Bogosian

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